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Salto, 10 de janeiro de 2017

Em ofício encaminhado nesta segunda-feira, dia 09, ao prefeito de Salto, Geraldo Garcia, os vereadores Edemilson Pereira dos Santos, Cícero Granjeiro Landim, Márcio Conrado, Celso Charnoski “Alemão do Santa Cruz” e José Benedito de Carvalho “Macaia” levam ao conhecimento do chefe do Executivo um breve histórico de como se encontram as obras paralisadas do Consórcio Intermunicipal do Trem Republicano (CITREM), ligando as cidades de Salto e Itu.

No último sábado, dia 07, os vereadores Edemilson Pereira dos Santos, José Benedito de Carvalho “Macaia”, Celso Charnoski “Alemão do Santa Cruz”, Cícero Granjeiro Landim e Márcio Conrado percorreram cerca de sete quilômetros da obra – toda a extensão desde o bairro Estação, em Salto, chegando à antiga Estação Ferroviária de Itu.

O percurso, dentro do município de Salto, está em estado de abandono na maior parte do trecho. “É preciso uma ação de manutenção dos equipamentos e limpezaO matagal toma conta e isso facilita, inclusive, para a deterioração dos dormentes, sendo que muitos precisam ser substituídos por estarem apodrecidos. Essas peças de madeiras colocadas transversalmente à via férrea e sobre as quais os trilhos assentam e são fixos também necessitarão de reajuste, devido à ação do tempo”, diz o texto do ofício.

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Nas proximidades do bairro Estação, a via férrea estava sendo construída pela  Prumo Engenharia Ltda., detentora do serviço conforme a última licitação. Dentro do munícipio de Salto, mas nas proximidades da Rodovia da Convenção, a obra é antiga, construída em 2012 pela empresa Maruca Comércio e Serviços Ltda., e os equipamentos estão escondidos embaixo da vegetação, com espaçamento desproporcional dos dormentes, além de trincados e podres.

“Infelizmente, o serviço está paralisado nas proximidades da Rodovia da Convenção desde 2012 e não foi instalado um metro de trilho sequer para interligar, passando por baixo da rodovia, nas proximidades da linha férrea, administrada pela ALL (América Latina Logística), encontrando com o município de Itu, nas proximidades da FM 90 e da antiga Cerâmica Guaraú”, explica o documento.

O trecho de maior preocupação dentro do município de Salto é nas proximidades do leito do rio Tietê, onde foram construídas canaletas de ambos os lados da linha férrea, com o objetivo de canalizar a água das chuvas, porém o serviço não foi feito de concreto e plantado grama, e, com as fortes chuvas, ambos os lados se transformaram em crateras gigantescas, levando assoreamento para o rio Tietê.

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O ofício relata que essa irregularidade na construção de canaletas sem concreto já havia sido apontada no mês de agosto para a Administração, porém sem a devida atenção e fiscalização. “Foi só chegarem as fortes chuvas para ter desbarrancamento de ambos os lados. Enfim, essa falha precisa ser corrigida com urgência, afinal a empresa Prumo Engenharia Ltda. é responsável pela obra e terá que fazer os devidos reparos”, diz o texto.

Dentro do munícipio de Salto, ainda falta construir mais de um quilômetro de linha férrea, em trecho difícil, passando embaixo da Rodovia da Convenção, além de manutenção e limpeza.

No município de Itu, onde ficará o maior trecho da ferrovia, ainda é mais completo. Na sua maior parte, a linha férrea está muito bem feita, afinal é obra recente, pois a empresa estava trabalhando quando os repasses dos recursos foram suspensos.

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“O trecho mais difícil está nas proximidades da Estação de Tratamento de Esgoto de Itu (Estação Canjica), faltando mais um quilômetro para interligar o trecho já concluído. A grande dificuldade será a área de várzeas e pedras, dificultando os trabalhos, mas todo o projeto está em dia com a licença ambiental da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e a autorização do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica)”, consta no texto do documento enviado ao prefeito.

“Em nosso percurso, chegamos à cidade de Itu e, como pudemos observar, o grande desafio final é que os municípios de Salto e Itu finalizem as estações. Com muitos esforços, essa obra poderá ser concluída ainda este ano, com uma vantagem para a cidade de Salto, onde as obras da estação estão bem adiantadas. Já em Itu, quase nada foi feito”, destacou Edemilson.

“Esta comissão de vereadores continuará fiscalizando e encaminhando os devidos apontamentos para o melhor aproveitamento dos recursos públicos e acompanhando as devidas adequações nos prazos e cronogramas, de acordo com as necessidades apresentadas, afinal esta obra está sendo custeada com recursos federais do Ministério do Turismo e verbas do Governo Estadual vindas do DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), recursos oriundos dos impostos pagos pela nossa população”, salientou o vereador.

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“Em Salto, a estação, construída por volta de 1898, apesar das obras paralisadas neste momento, recebeu diversas intervenções, e, com a liberação do recurso para a aquisição do girador do trem, esperamos que seja finalizada, afinal a situação vem dificultando os moradores da rua Aimorés, no bairro Estação. Sendo assim, ficamos no aguardo de providências para os equipamentos já instalados e as devidas intervenções nas proximidades do rio Tietê”, finalizou.

*Com fotos e informações do vereador Edemilson Pereira dos Santos.