edemilson-abastecimento-mp

O Vereador Edemilson Pereira dos Santos protocolou na tarde desta quinta-feira, um ofício no Ministério Público, solicitando a interferência junto a Autarquia SAAE de Salto para que a municipalidade estabeleça o sistema regular de abastecimento de água, abstendo-se da cobrança da tarifa da água do caminhão-pipa aos bairros Jardim Arquidiocesano, Maracajás e Iracema.

Muitos moradores desta localidade se utilizavam de poços caipiras para ter água, porém devido esta grande estiagem, em muitas propriedades a fonte secou e nem todos tem condições de construir um poço artesiano, assim sendo tem que comprar agua do SAAE, que custava até o mês de dezembro de 2014, R$ 69,73.

O Representante do Legislativo esteve no local na tarde da última quarta-feira, e de acordo com os munícipes, os moradores estão pagando uma importância de R$ 180 por caminhão de 10 mil litros quando solicitado. O fato é que nem todos possuem condições financeiras, pois muitos vivem de aposentadorias e precisam comprar remédios, alimentos e estão com dificuldades para continuar comprando a água com um valor 159% de aumento. As reclamações se repetem, tornando nítida a insatisfação dos moradores.

O poço artesiano não está ao alcance de todos, mas construção por parte do Poder Público, para abastecer esta região seria uma alternativa para garantir o suprimento de água neste momento de estiagens. É uma solução paliativa que evidentemente é muito bem vinda neste momento de grave crise hídrica.

“É importante salientar que as propriedades estão em áreas urbanas, todos pagam IPTU e loteamento com mais de trinta anos sofrem com a devida falta de atenção do poder público, portanto o SAAE deveria fornecer água por meio de carros-pipa ou qualquer outro meio tecnicamente adequado até as implementações de obras definitivas para abastecimento”, destacou Edemilson.

Ainda, de acordo com o Vereador, o objetivo é a suspensão do pagamento das tarifas de caminhão-pipa, quando solicitado de todos os consumidores até a definitiva adequação dos referidos valores dos serviços, tendo em vista que a distribuição de água tem caráter essencial, estando intrinsecamente ligada à dignidade da pessoa, considerando que a água é vital para todas as necessidades básicas do ser humano (alimentação, higiene etc.), “portanto é responsabilidade do município oferecer qualidade e eficiência do serviço público essencial. Esta região pleiteia o fornecimento de água, porém o Executivo não investe em captação, tratamento e distribuição de água para esta região. Esta omissão em não provê-la de forma adequada viola de forma direta os direitos do cidadão”, justificou no documento.

O Vereador citou como exemplo os moradores da Rua dos Ipês, Luis Carlos Savikas, Aldo Luis Ambrósio, Claripes Teles Barbosa e Adozinda das Graças Fernandes de 83 anos, que compram água com dificuldades e para a manutenção do dia a dia armazenam água de chuva para lavar roupas, louças, tomar banho e outros serviços.

Também segundo os moradores locais, vale ressaltar que o SAAE já é conhecedor do problema por parte dos moradores e estive conversando com o superintendente da autarquia, mas sem sucesso de uma resolução quanto aos valores cobrados. Estes enfrentam o problema desde dezembro de 2013. Na mesma situação tem mais de 18 chácaras.