reuniao-fedrigoni-garotinho

Salto, 03 de novembro de 2016

Na manhã desta segunda-feira, dia 31, o vereador Divaldo Aparecido dos Santos “Garotinho”, esteve na Fedrigoni Brasil Papéis - única empresa produtora de papel moeda na América Latina- para participar de uma reunião com o seu diretor presidente, Michel Jacques Giordani e a gerente de Recursos Humanos, Rosane Inês Bertolino de Macena, tratando sobre a Medida Provisória 745/2016 – que autoriza o Banco Central a adquirir papel moeda e moeda metálica fabricados fora do país por fornecedor estrangeiro.

Como justificativa, o governo alegou que a decisão é decorrente de"situação de emergência" em virtude de "inviabilidade ou fundada incerteza quanto ao atendimento, pela Casa da Moeda do Brasil, da demanda por meio circulante ou do cronograma para seu abastecimento". A MP já está em vigor, mas ainda deve ser votada pela Câmara e pelo Senado. De acordo com o vereador, o encontro foi agendado porque existe a preocupação com os empregos envolvidos em todo o processo. “Este governo não está muito aberto ao diálogo. Por isso mesmo temos que unir forças e tentar reverter esta situação alarmante. A empresa está em Salto tem quase 40 anos e se fechar as portas vai afetar diretamente cerca de 400 funcionários e mais os prestadores de serviços”, disse Garotinho.

Segundo Giordani, não tem sentido o governo importar papel moeda, até porque a Fedrigoni e a Casa da Moeda estão totalmente aptos para fornecer este material e atender a demanda do governo. “O pior é que a medida provisória não fala quando, quanto e de onde vai ser importado, isto é, não impõe limites. Formalizamos nosso posicionamento contrário e escrevemos aos órgãos competentes, pois não havia problemas e mesmo assim decidiram importar”, destacou o diretor presidente da Fedrigoni.

Na ocasião, o vereador ainda levantou a questão de a concorrência ser menor em outros países. “A quantidade de impostos no Brasil é muito maior, mas temos praticado preços menores que concorrentes internacionais. Em países americanos e europeus existem muitas exigências e não aceitam importação de papel moeda, por isso pedimos reciprocidade e o que seja justo. Sempre demos prioridade absoluta para a Casa da Moeda, até porque nossa produção quase total é destinada a esta instituição”, esclareceu Giordani.

O vereador Garotinho afirmou aos representantes da Fedrigoni que pretende levar os apontamentos discutidos ao prefeito, e ainda conversar com representantes de câmaras da região em busca de uma solução, pois a MP 745 pode prejudicar Salto e causar o desemprego de centenas de trabalhadores.